29 novembro 2005

Mulheres...

A caminho de casa, enquanto o autocarro onde eu ia estava parado à espera que o trânsito se desembrulhasse, estava um rapaz na rua a abraçar uma rapariga e a tentar roubar-lhe um beijinho. Ela ria-se e fugia com a cara e dizia qualquer coisa. E ele voltava a tentar um beijinho e ela dava a bochecha. E tentava desprender-se. E voltava a virar a cara. E riam-se os dois. Dava vontade de rir também. Deviam ter 16 anos.
Reparei que as pessoas à minha frente, 3 ou 4, estavam todas a olhar para eles. Como olhavam para o lado, pela janela, dava para ver as caras. O que estaria cada uma delas a pensar? Estariam a rever-se? A achar a cena familiar? Tinham um sorriso na cara, e eu também. Uma delas era homem e também sorria. Quem entende as mulheres? Muito complicadas e misteriosas. Mas é isso que tem graça. E eu achei graça à rapariga. Muito descontraída, ia voltando a cara. Eram namorados, provavelmente, mas ela resolveu que não queria um beijinho e pronto!!
E o autocarro lá seguiu.

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