26 março 2007

22 março 2007

35 - 40 minutos

O trânsito que circula pelos passeios de Madrid é impressionante.
No primeiro dia saí, com a minha colega de trabalho, ás 7h30 da tarde. Vínhamos em passo rápido. Mas vínhamos a conversar. O caminho foi sendo traçado conforme caía o verde dos semáforos de peões, ou nao, à nossa passagem. Não queriamos perder o ritmo... Ainda assim, os desvios e travagens constantes, fizeram-nos demorar mais 10 minutos que no dia seguinte. Para além de ter ido sozinha, o caminho que fiz neste segundo dia, às 7h, estava menos caótico. Mesmo assim, no mesmo sítio onde no primeiro dia se passava uma manifestaçao, desta vez estava uma parte do passeio vedado e com polícias, obrigando-me a andar para trás, até ao sinal, para poder atravessar a rua - trânsito de carros também caótico.
Mas nada melhor que caminhar pelas ruas de Madrid para comprovar que a cidade nao pára. Como vinha sozinha, estava mais atenta aos lugares por onde ia passando. Os bares, as lojas, os restaurantes, o Corte Ingles (dois enormes no espaço de quarteirao e meio) o Vips e o Starbucks, também por todos os lados, os cafés... O que têm em comum? Cheios de gente. Às 8 da noite passo pelo Castellana Ocho, olho pelos vidros grandes, e vejo gente de fato, de pé e de copo na mao, a conversar, a rir, a mudar de grupo ou encostadas ao balcao a pedir "una caña más". Antes disso, ainda na agitada Gran Vía, repleta de salas de espectáculo, teatro e cinema, é um rodopio de gente a entrar e a sair das, também inúmeras, lojas de roupa. Reparei num espaço em obras. Passei dois dias depois e era uma loja nova, a Jules. Pareceu-me ser de homem. Umas semanas antes a Sfera inaugurou uma nova loja à distancia de 100 metros em relaçao à outra que ja existia. A Blanco e a Zara e a Bershka, num raio de 250m, sao capazes de ter 3 lojas cada uma. A Stradivarius, enorme para aquilo a que estamos habituadas em Portugal, fechou temporariamente para "melhorar o serviço ao cliente", mas acredito que em semana e meia já esteja, com a sua nova decoraçao, outra vez a borbulhar de gente.
Gosto de viver numa cidade assim. Barulhenta, confusa, agitada. Viva.
Estas idas a pé, que demoram entre 35 a 40 minutos (se resisto a entrar nas lojas, o que nao aconteceu na 3ª ida), têm o incoveniente da poluiçao. Exercío para as pernas e rabo, tudo muito bem, várias hipóteses de caminhos para escolher, para nao se tornar repetitivo, tempo para pensar um bocadinho na vida, mas, de facto, a poluiçao sente-se.
Se calhar vou mesmo ter de optar por um ginásio (Danças e Yoga, era o que gostava), que isto de estar todo o dia sentada à frente de um computador está a provocar-me uma ligeira sensaçao de que nao me vai apetecer muito andar de bikini na praia este ano...

15 março 2007

Nao desapareci...

Vou sair agora do trabalho. Nove da noite. Têm sido assim as minhas semanas. Passam a correr, isso é verdade. Mas o trabalho nao acaba. Ando estoirada. Mesmo agora que entrou uma "compañera" nova só para me ajudar e dividir tarefas, continua a ser uma infinidade de trabalho. Claro que uns jantares ou copas a meio da semana também nao ajudam ao descanso devido. Mas adoro o que faço, apesar de alguns stresses - acontece em todo o lado, I guess, menos no Museu dos Coches, onde tive um ano realmente santo. Cada vez mais me apercebo disso. Obviamente que nao troco a vinda para Madrid por nenhum Museu dos Coches ou qualquer outra pasmaceira.
Depois de meses sem falar da minha vinda, posso dizer que é realmente positiva, a experiencia "longe" de casa. É dificil, por um lado, mas muito compensador ao mesmo tempo. Ou nao teria vontade de continuar por cá. A cidade é fantástica. Um movimento incrível. Ruas sempre cheias. Sejam 3h da tarde ou 3h da manha. Seja segunda ou sexta-feira. Nao pára, mesmo.
Resumindo, estou viva, contente - ha sempre uns dias menos bons (aprendi a palavra "bajón" a semana passada) e sem previsoes, nem grandes intensoes, de volta.
E visitas... sao sempre bem vindas!